FORMAÇÃO LEONISTICA
Relembrando artigo divulgado pelo CL João Rodini Luiz,
do LC Ribeirão Preto-Centro, em 2004, n`A VOZ DO LEÃO
Conforme noticiamos anteriormente, publicamos abaixo, o que nos escreveu o estimado CL Antonio Douglas Zapolla, Assessor de Sócios e Liderança do Distrito, Presidente do LC Brodowski, AL 2003/2004 e Editor do boletim LEÃO DE BRODOWSKI, sobre o Editorial de nosso A VOZ DO LEÃO, nº 57, novembro/dezembro-2003 (boletim do Lions Clube de Ribeirão Preto - Centro ).
CL Rodini,
A minha opinião sobre o assunto que você me pediu para relatar, é a seguinte:
Nesses seminários, cursos e treinamentos, é difícil achar um denominador comum que venha atender aos objetivos propostos por aqueles que os promovem, seja o governador ou os assessores.
Por isso, acho que devemos analisar este assunto desde o principio, ou seja, desde a formação da diretoria de um clube, que deve ser a mais criteriosa possível, com companheiros abnegados e responsáveis assumindo estes cargos. Assim eles serão aos poucos preparados para as suas funções futuras, pois são destas diretorias e desses companheiros responsáveis que saem os futuros assessores distritais e depois até um futuro governador.
Quando estamos nos cargos em clubes, a coisa é um pouco mais fácil, pois se restringe ao âmbito de nossas cidades e com a responsabilidade de participar só das distritais, comitê assessor e da convenção. Parece simples, mas não é tanto assim.
Hoje, a participação efetiva de companheiros e domadoras na diretoria do clube já traz, além da responsabilidade, encargos financeiros pessoais que às vezes para alguns (ou muitos) pesam muito. Viagens, pedágios, hotéis, dias de serviços, etc., que se somados ao longo do ano, custam bastante, e na maioria das vezes, sai apenas do bolso desses companheiros.
Depois, se esse companheiro, mercê de sua dedicação, assume um cargo distrital, onde é sempre mais exigido, a coisa se torna mais complicada. Os custos aumentam e a governadoria não assume nada perante o companheiro. Assim, quem quer realmente participar, tem que abrir mão de muita coisa e principalmente “gastar mais”. É um gasto que para aqueles que possuem uma situação financeira estável é muito bem empregado. Porém, temos aqueles também que não podem arcar com tudo que um determinado cargo exige, e assim o ideal abraçado acaba prejudicando a si mesmo.
Entra aqui o conhecimento do Governador de Distrito que deve conhecer a vida daquele companheiro que vai ser convidado, pois acredito que em muitos cargos, não basta em um companheiro que no seu clube é um exemplo de amor ao leonismo. É preciso que o Governador conheça a sua posição financeira e social para saber se isto, o convite para determinado cargo distrital, não vai prejudicar de alguma maneira o companheiro e o próprio movimento leonístico.
E um companheiro também não pode ser prejudicado para se dedicar ao extremo, já que seria uma incoerência participar para ajudar os outros, se estiver sendo prejudicado individualmente. Ai entra a sensibilidade do Governador que deve, ao escolher o seu staff, ter conhecimento pleno da vida pessoal de cada companheiro que for escolhido para ocupar cargos distritais. Acredito que não basta o companheiro ser dedicado ao extremo em seu clube, para que a nível de distrito, ele também seja. Sabemos de muitos companheiros que sacrificam a sua própria vida pessoal e financeira para se dedicar ao leonismo. Por isso, o CL Governador, ao fazer um convite para determinado companheiro ocupar cargo de relevância, deve conhecer, não só a vida leonística, mas também pessoal e profissional de quem está sendo convidado.
É complexo, mas é preciso ser realista. Hoje, quando a maioria luta com dificuldades para se manter, para manter a sua família, nos movimentos voluntários, é preciso muito discernimento para se alcançar os objetivos, sem prejudicar mesmo involuntariamente, qualquer companheiro ou companheira.
Voltando aos seminários, cursos e treinamentos, para promovê-los, tudo têm que ser analisado sobre vários prismas. Por isso, defendo a tese de que a coisa tem que ser a nível de divisão, procurando-se centralizar esses eventos, a fim de que não onere muito os companheiros. Acredito também que muitos desses treinamentos deveriam ser feitos nos próprios clubes, através de assessores preparados, em todos os sentidos, que poderiam se dedicar mais e reunir em cada cidade, um maior numero de companheiros que poderiam ter a sua carga de motivação aumentada, e assim, aos poucos, o leonismo sendo reforçado.
É verdade que assim sendo, o assessor deve ter um padrão de vida que lhe permita dedicar-se às responsabilidades assumidas sem lhe prejudicar.
Na prática, já vimos que seminários, cursos e treinamentos em dias normais (à noite), em sábados (quando muitos trabalham normalmente) e aos domingos (que é o mais indicado), quando feitos a nível de distrito ou de região, o aproveitamento nem sempre é o desejado. Faltas constantes de muitos que deveriam participar, atrasos, horários apertados e outros fatores que contribuem para que o sucesso não seja alcançado. Assim, se acharmos um denominador comum para que isto seja a nível de divisão, ou até mesmo, em cada clube em particular, tudo poderia ser diferente e melhor.
Estes encontros distritais devem ser realizados mais para que os companheiros, companheiras e domadoras se conheçam mais e melhor. Assim, todos teriam, numa programação mais leve, mais tempo e mais interesse em participar, sabendo que aquele determinado dia será dedicado e consagrado ao companheirismo realmente.
Não sei se me fiz entender, CL Rodini, mas assim como você, também acho que muitos desses eventos não alcançam seus objetivos.
É preciso saber, não só inovar, mas também achar o melhor caminho para que os objetivos sejam alcançados para e conseguir através do leonismo, ajudar às nossas comunidades, reforçar o nosso companheirismo, valorizar o movimento e termos realmente satisfação e prazer em SER LEÃO.
CL Antonio Douglas Zapolla
LC Brodowski – SP
Abril/2004
E lido novamente em reunião do dia 27/10/2009
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